O Sequestro do Voo VASP 375: Como um homem quase mudou a história do Brasil!
O Sequestro do Voo VASP 375: Como um homem quase mudou a história do Brasil!
Nesse vídeo você vai saber o que aconteceu exatamente com o
VASP 375, e como tudo aconteceu.
Algumas pessoas dizem que esse fato, acontecido aqui no
Brasil, serviu de inspiração para os terroristas que atuaram no dia 11 de
setembro e cometeram um dos atos terroristas mais marcantes da história dos
Estados Unidos e do mundo.
No dia 29 de setembro de 1988, o Brasil vivenciou um dos
episódios mais dramáticos de sua história aérea: o sequestro do voo VASP 375. A
aeronave, um Boeing 737-317, partia de Porto Velho com destino ao Rio de
Janeiro, fazendo escala em Belo Horizonte. A bordo, estavam 103 passageiros e 6
tripulantes.
O sequestrador, Raimundo Nonato Alves da Conceição, era um
ex-tratorista desempregado, com 28 anos de idade, e motivado pela frustração
com a crise econômica e política do país, ele planejava um atentado contra o
então o atual presidente da época, José Sarney.
Com o objetivo de colidir a aeronave contra o Palácio do
Planalto, sede do Gabinete do Presidente do Brasil, devido a um
descontentamento dele com ações políticas adotadas.
Cerca de 20 minutos após a decolagem de Belo Horizonte,
Raimundo Nonato rendeu um dos comissários, e, atirou contra ele, que por sorte
pegou de raspão na orelha, então, exigiu entrar na cabine de comando.
Ele portava um revólver calibre 38 que havia conseguido
levar consigo ao passar pelo detector de metais do aeroporto que na época ainda
era de baixa tecnologia.
Ao entrar na cabine, o sequestrador baleou na cabeça o
copiloto Salvador Evangelista, que tentava impedi-lo e faleceu na hora, e dois
outros tripulantes também foram baleados. O piloto Fernando Murilo de Melo
assumiu o controle da aeronave.
O piloto conseguiu acionar o alarme avisando as autoridades
que estava em situação de emergência, e, a partir desse momento, iniciou-se uma
tensa negociação com as autoridades.
Ao longo de mais de oito horas, o piloto Fernando Murilo,
com grande habilidade e sangue frio, manteve a calma e dialogou com o
sequestrador, buscando ganhar tempo e evitar um desfecho trágico.
Durante a negociação, o avião sobrevoou diversas cidades
brasileiras, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, seguido por um
caça Mirrage da força aérea brasileira. A tensão era enorme, e o país
acompanhava com apreensão o desenrolar do drama.
O piloto após sobrevoar Brasília por várias vezes, alegou
que o clima estava ruim e que estava ficando sem combustível, sendo assim,
precisava pousar para reabastecer, então direcionou a aeronave para o aeroporto
de Goiânia onde aterrorizou e então começaram as negociações que duraram cerca
de 5 horas.
O sequestrador exigia um avião para fugir, então o exército
junto com a polícia federal disponibilizaram um avião Bandeirante, que foi
estacionado ao lado do Boeing, E quando Raimundo Nonato finalmente desceu do
Boeing foi surpreendido pela polícia e houve troca de tiros.
Ele desceu da aeronave usando o comandante como escudo
humano, mas foi baleado por agentes da Polícia Federal.
Raimundo Nonato foi socorrido e encaminhado para um hospital
em Goiânia, mas como o seu quadro era grave, não sobreviveu falecendo alguns
dias depois.
O sequestro do voo VASP 375 foi um evento marcante na
história do Brasil. Apesar da tragédia evitada, o episódio evidenciou a
fragilidade da segurança aeroportuária na época e gerou reflexões sobre a
necessidade de medidas mais rigorosas para prevenir futuros atentados.
O piloto Fernando Murilo de Melo se tornou um herói nacional
por sua bravura e capacidade de manter a calma em uma situação tão crítica. Ele
recebeu diversas condecorações e homenagens por seu heroísmo.
O sequestro do voo VASP 375 também inspirou um filme,
lançado em 2016, intitulado "O Sequestro do Voo 375". O filme retrata
com detalhes os acontecimentos daquele dia incluindo uma manobra em que o
piloto coloca o avião de cabeça para baixo na tentativa de desestabilizar o
sequestrador, mas que na época não foi relatado nos noticiários, e também
homenageia os heróis que evitaram uma tragédia ainda maior."
Após o término do sequestro do voo VASP 375, o Brasil passou
por um período de intensa reflexão sobre a segurança aeroportuária. As
autoridades brasileiras reconheceram a necessidade de implementar medidas mais
rigorosas para prevenir futuros atentados e sequestros, o que levou a uma
revisão e fortalecimento dos protocolos de segurança em aeroportos por todo o
país. Os procedimentos de inspeção de passageiros e bagagens foram
significativamente aprimorados, com a introdução de equipamentos mais modernos
e eficazes para a detecção de armas e explosivos. Além disso, as equipes de
segurança receberam treinamento especializado para lidar com situações de
crise, incluindo negociações de sequestro e gestão de incidentes aéreos.
A história do sequestro continua a ser um ponto de
referência na história da aviação brasileira, servindo como um lembrete das
vulnerabilidades enfrentadas e da capacidade de superação em momentos de crise.
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